Novos amigos e novos inimigos




Em um mato fechado em Curitiba oito mendigos todos bêbados, e um com uma garrafa da mais pura cachaça na mão chegavam ao local e observam, uma pessoa se levantar, cheia de poeira, assustado, pois seus 2 pares de asas sumiram, ele caminha lentamente dentro da cratera indo para fora, observando seus observadres, um deles grita:
- Você está bem?
- Deixa ele, só ta furado na terra, IC! E já toma outro gole, pois esse estava com a garrafa de cachaça.
- Deixe de ignorância seu bêbado!
Os outros mendigos dão risadas dele.
Eric saia do buraco, quando aquele que falou primeiro que aparentemente é o líder deles o pega pelo braço e o puxa. Eric agradece:
-Obrigado.
-Não tem de que. Eu sou Alberto, mas me chamam de gênio, pois dizem que sempre sei tudo, mas isso não é verdade, se não deixaria de ser mendigo, hehe.
-E os outros? Quem eles são?
-Vamos, eu te apresento.
Já perto de onde dormiam, haviam cobertas no chão, uma casa feitas com papelão amarrada com cordas de varal nas árvores, e no centro um buraco onde faziam fogo para aquecer alimentos.
-Este é o Zé, da altura do Eric, e com barba grande. Aquele é o Polaco, albino, loiro de olhos azuis. O outro chama Gil, aquele ali é o Nanico, hehe, o outro ali é o Torresmo, ao lado dele está o Perdido, que nunca sabe o que acontece, e por último o Porco, que nunca toma banho, kkkkkkkkk.
-Prazer pessoal.
-Prazer nada, a bebida aqui é nossa! Diz Gil.
-É você acordou a gente. Comenta Nanico.
-Vamos ter que tomar a reserva. Retruca Porco.
- O que é a reserva? Pergunta Eric.
-É nosso estoque de bebidas. Responde Alberto.
-Hum! Como vocês são organizados. Comentou Eric de toda essa situação, meio cômica.
E tiraram de um buraco, uma bolsa térmica cheia de furos, de onde tiraram uma garrafa de cachaça pura. Alberto diz para Eric:
-Como acordamos não temos como dormir, a não ser tomar uma pequena dose, hehe.
O Polaco foi quem pegou a garrafa, abriu e começou a tomar, veio o Nanico e grita:
-Cheeeega! Deixa um pouco para nós poxa!
-Vamos ser educados e deixar um pouco para o nosso convidado. Diz Alberto.
Eric fala:
-Não, nem precisa.
-Todos o escutaram, vamos tomar somente nós! Exclama Nanico.
-Vamos tome, e a propósito, qual o seu nome mesmo?
- Sou Eric, mas nem lembro direito nem quem eu sou, sei disso por que me falaram.
- O Eric, mas você é feio hein? Brinca Porco.
Eric só faz uma cara de ódio, Gil empurra o Porco e grita:
- Mas você é porco hein! Hahahahahaha!
Vendo todos rindo um do outro, Eric os observa, vivem na miséria e consegue ser felizes. Ele acaba rindo junto. Ele acaba aceitando um gole da cachaça deles;
- Dá isso aqui, vou tomar e esquecer que sou feio. HAHA!
Tomou um golão e em seguida jogou tudo. Perdido fez cara de ódio e gritou:
- Ô não gaste nossa pinga, merda. Da aí agora o gole é meu.
Então Eric tomou outro gole e com o tempo já estava bêbado, como os outros.
***
Silêncio naquele matagal, todos dormiam, inclusive Eric, do fogo que estava aceso só sobrou uma pequena chama, que acaba de se extinguir. Diante de um céu estrelado e uma enorme lua cheia.
Alguns segundos depois vários indivíduos surgiram do mato com lanternas armas de fogo de grande porte. Iam chutando as barracas de papelão deles, todos eles eram carecas, e muitos possuíam símbolos nazistas tatuados em seu corpo uns na própria cabeça. Eram todos skin reds, com um ódio retardado misturado com preconceito.
Começam a gritar:
-Levantem seus porcos fedidos! Vocês são todos nossos prisioneiros.
Zé levantava meio sem saber o que acontecia, coçando sua barba, e um dos skyn deu uma coronhada gritando:
-Seu mendigo porco, escória, você passou perto de mim, agora você vai pagar!
Ele socou a barriga do Zé o derrubando no chão, pegou o que restou da cachaça deles, jogou tudo nele acendeu um palito de fósforo e jogou nele. Todos o observaram até morrer incendiado, gritando de dor.
Aparece o líder deles, aproximando de Eric o observa e diz:
-Eu conheço você,...
Sem dar tempo de ele continuar, recebeu uma cabeçada de Eric, bem no seu nariz o jogando longe e deixando seu nariz jorrando sangue.
Ele levanta e grita:
-Eu não o temo, ou o que você é! Sei que esse mundo ao merece essa traia que vocês e seus bandos são e digo que me refiro a todos.
-Não to nem aí com esse preconceito idiota de vocês, vou acabar com todos vocês...
CLICK! CLECK! CLOCK! CLUCK!
Armas apontam para os novos amigos de Eric, O do nariz amassado diz:
-Ou se entrega ou atiro neles.
Eric abaixou a cabeça, os skyn reds colocaram um capuz na cabeça e o algemaram, assim como os outros para o levarem.

O surgimento de Cire

Uma mansão, dessa vez não abandonada, mas com vários moradores, pessoas que seguem uma ideologia, mundana, macabra, e já era para ter acabado a tempos e tempos.

Essa ideologia continua como prova da hipocrisia humana, com sua ignorância, junto à bestialidade que vive entre a sua carne.

Todos possuem o ódio, e o forte é o controla, mas quando não se preocupa em manter dentro dos seus limites, trancado em seu coração viram pessoas que não merecem sequer existir, assim como os Skyn Reds e sua ideologia, seu preconceito, louco, insano e sem sentido.

Seqüestram pessoas que julgam serem poluentes do mundo, os torturam, matam e queimam, porém dessa vez uma surpresa os aguarda. Eric desacordava acordava aos poucos.

Com a visão meio embaçada, ele as abre aos poucos, olha para o lado onde está Alberto sendo torturado, com seu olho direito aberto e um prego grande, com a cabeça quente estavam furando a retina de Alberto que gritava como louco, com uma dor insuportável.

Eric estava pendurado em uma alavanca no teto, preso por algemas, ele começa a gritar, e observa as criaturas estranhas que ele sempre vê, dessa vez em um úmero maior, sempre próximas de alguém. Uma delas olha para ele e o encara, o mesmo estava ao lado do chefe daqueles skyn reds que também encara Eric e vai à direção dele.

Eric pensava:

-Dizem que sou um monstro, mas cadê a força, aquelas asas enormes... Na realidade os monstros são eles.

O chefe chega perto de Eric contente com o que faz, pois aquilo era seu prazer. Reconheceu Eric, graças a uma criatura, já próximo diz:

-Então você é o assassino dos mais de 100. Você é como eu! Odeia as pessoas desse mundo.

Sem poderes, mas com sua voz estrondosa grita:

-Eu não sou como você, nem sei quem você, nem sei quem sou eu...

-Está sem memória, hahaha! Junte-se a mim, vamos mudar o mundo torná-lo melhor, de acordo como meus olhos o querem.

-Matando pessoas?

-Sim! E quantos forem necessários! ... Com ou sem você.

Aberto desmaia nesse instante.

Eric observa que a criatura que o encarava não para de olhá-lo, com chifres que saia de seu rosto, de repente ele some, ficando só um cheiro de enxofre:

-Que cheiro é esse? Pergunta um dos skyns.

-Olhe para mim enquanto falo com você.

-Você é um retardado, me tire da daqui e você verá o que farei com todo mundo daqui.

-Hahahaha! Você está fraco! Você disse que era imortal, indestrutível, mas é só um pedaço de carne como todo mundo, fraco, podre, fétido e deformado. Passando os dedos na bochecha direita de Eric, quase arrancando.

Ele pegou uma faca e enviou no pescoço de Eric, o sangue saltou para a cara do líder, mas de repente tudo parou. Os seres estranhos sumiram, o sangue de Eric parou no ar, o corpo de Alberto que soltarão das algemas e iria cair no chão, parou no ar.

Todos ali não mechem, porém os olhos de Éric ainda podiam ver o que acontecia e ele percebeu todos ficarem paralisados, inclusive ele. Surge um pensamento:

-O que ta acontecendo...?

O cheiro de enxofre volta, e logo em seguida o ser que possuía chifres que saem de seu rosto e um outro, o mesmo que voltou e derrotou o anjo guerreiro Detrius, que tentou impedir sua volta, e agora está diante de Eric.

Alguém pensava:

-Mais uma semana e meia, e saberei a verdade, saberei s realmente Eric é meu filho.

Era o pai de Eric, com suas frustrações, dúvidas, desespero, mas no fundo de seu olhar percebe-se a tristeza, relativa sobre o que houve com Eric, em tudo que aconteceu. No fundo da alma dele estava começando a descobrir que ama seu filho, mas ainda não se deu conta, aos poucos ele irá perceber, e a consciência dele pesa diante de sua luta com seu próprio filho.

Em cima de sua mesa estavam vários papéis, e um com o titulo: “O que são os híbridos?”, ele joga em cima desse outro maço de papéis e um deles escrito: “Híbridos! Uma doença sem cura.”.

Ele dá um suspiro e acaba dormindo em cima da mesa, em cima dos papéis.

Surge sua mulher e o vê dormindo olha os papeis e pensa:

“Será que esta sempre foi a doença de meu filho, será que sempre por isto ele lutou para curá-lo, será que por isto sempre o odiou. Queria que o anjo voltasse, são tantas duvidas... Mas ele abiu meus olhos e me fez ver o quanto Eric precisa de mim”.

Ela deixou seu marido e foi dormir.

Graziela não conseguia dormir, ela abre as janelas e observa a lua cheia brilhosa começando a ser ofuscada pelas nuvens negras da noite. Um vento forte e gelado sopra de fora para dentro, ela sente um arrepio de frio por todo seu corpo, o mesmo vento balança seus cabelos fortemente assim como as folhas das árvores no quintal de sua casa. Seus olhos se arregalam e ela sente uma premonição, o medo é visível em seus olhos, como se sentisse alguma coisa terrível acontecendo, ela só resmunga:

-Não, não, isso não pode ser...

Em outro lugar...

-Eu disse para você Serpentino, eu disse que era ele.

Serpentino o demônio que voltou das trevas, com uma roupa mais parecendo a morte, um enorme capuz escondia seu rosto demoníaco. Ergue a mão e uma serpente enrola no pescoço da criatura, e diz:

-Nunca mais repita o meu nome, odeio que criaturas inferiores o falem.

-Sim, sim, cof!

-Ótimo! Conte-me mais sobre esta criança.

-Que eu percebi ele está com amnésia, sem seus poderes, algumas características marcantes, e ele consegue nos ver.

Serpentino se aproxima dele observando em seus olhos, eles mechem e a criatura diz:

-Ele ainda é forte, não está totalmente controlado pelo Demonice, ele está nos vendo.

-Você irá matá-lo?

Serpentino vira rapidamente para ele e diz:

-Matá-lo? Ele é uma preciosidade, o único e verdadeiro ser hibrido, os outros são uma mera mistura genética, uma evolução acidental, mas ele é uma raridade, é a chave para eu dominar esse mundo, nunca escutou falar da lenda de Cire?

-Chave, que chave?

-De suas ações montei a estratégia para começar o meu reino, e desse meu reino trarei o inferno para a terra. Ele é o começo do fim.

-Mas ele está sem memória!

-Isso é fácil de resolver.

Outro estouro no ar, com fumaça e cheiro de enxofre, surge mais um ser da espécie deles.

-O faça lembrar tudo.

Pelos seus olhos Eric olhava os monstros conversarem, viu surgir o , e que sua mão virou uma lança de luz, foi em sua direção e ele enfiou pela testa para dentro da cabeça de Éric, que fica rodeado de pequenos relâmpagos que vai se apagando.

-Pronto, está feito.

-Vamos, e você Demonice fica aí com os outros. Você será recompensado por isso.

-Muito obrigado, eu sempre servirei chefe.

Cheiro de fumaça e os dois monstros somem, ficando somente Demonice que vai com os outros, nesse instante Éric, começa a acordar.

Demonice já está com seu escravo, o chefe do skyn reds.

Éric acorda aos poucos, dessa vez seus olhos estão mais vermelhos como sangue do que nunca...


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