Parte III
Éric saía, da faculdade, havia vários carros de policia, entre eles o pai dele, que de amor a profissão está passando seu horário. Wagner outro policial com ele já o retrucava:
-Você é doido, em ficar depois do horário. Hei olhe ali não é seu filho, você nem disse que ele fazia faculdade.
-Não vi ninguém, vamos logo.
Éric somente observa seu pai passar fazendo de conta que não viu ninguém. Alberto o policia que trabalha na mesma viatura do pai de Éric falava com Maik, que é a vitima, pegando seus dados.
De repente Wagner aparece com o detido, um garoto de 16 anos, que com nome de Fábio, o mesmo menino que Éric deu seus trocados, os policiais davam uns sopapos nele, e o levaram para a Delegacia do Adolescente.
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Éric andava pela rua pensando nos sonhos:
“Não agüento mais estes pesadelos, são tão reais.”
E ele encontra Karina no meio do caminho, e ele pergunta:
-Oi, tudo bem? Você e seu namorado fizeram as pazes?
-Sim, ele me levou flores e tudo voltou ao normal.
-Legal, tomara que de tudo certo para vocês, eu torço para isso.
Enquanto ele e a Karina conversam, passa um grupo de garotas, e Éric observa entre elas a Graziela, com seu cabelo liso e negro bem como seus olhos, e chega até sua cintura, ele sente algo estranho, algo que nunca sentiu antes, ele fica vermelho, Karina somente observa, seu coração acelera ao perceber que ela o olha, então sua amiga irmã já diz:
-Tudo bem com você Éric?
-Hã? Eu, to, to bem sim.
-Eu sei o que você olha!
-Eu não to olhando nada.
Mas ele escuta as palavras de sempre das outras meninas.
-Idiota, imbecil, nunca viu!
Mas ele não ligou, por que ela estava quieta, não falou nada, então quando passou deu uma olhada para trás, isto foi como um golpe certeiro em Éric. E Karina novamente o interrompe:
-Olha o garanhão, aproveita que ela vai à minha festa hein, quem sabe lá seja o melhor dia da sua vida. Bom, eu vou ir, até mais, garanhão.
Éric dá um sorriso, ele sente realmente a felicidade, e pensa:

Já era tarde da noite, todos dormiam, porém menos Éric e seu irmão que levou uns amigos na casa. Mas eles faziam um baita barulho, com som alto, gritaria. Então quando menos se espera surge um silencio, e Éric escuta eles indo embora, e depois uma janela se abrindo, é seu irmão saindo. Então Éric dorme feliz com o dia que passei por ver aquela anja que apareceu em sua vida. Mas quando dorme ele só tem pesadelos, novamente com o ser do espelho que diz:
-Então Éric, já se entregou ao seu destino. Pronto para matar e vingar todas as nossas humilhações.
-Não eu não sou assassino, não vou matar ninguém.
-Eu sei sobre aquela guria, mas ela é somente uma ilusão, você verá, ela é como todas e é por isso que você não se entregou ainda para toda a maldade existe em seu coração.
-Não tem nada haver com aquela menina, eu tenho minha maneira de pensar, eu escolho meu caminho, e eu quero sair desse pesadelo.
-Cale A BOCA! Sua vida já é um pesadelo, eu sei que aquela sua amiga que disse que cuidará de você como se fosse sua irmã o acalma, e esse é seu ponto fraco, ela te humilhará pelo namorado dela, e será o pior sentimento que você sentirá, vamos una-se de uma vez por todas comigo.
O ser chega mais perto e o encara, Éric quer correr mas está paralisado.
-Não. EU ESCOLHO MEU CAMINHO, NAÕ UNIREI A VOCÊ NUNCA.
-Você é um fraco, quase te mataram, e você ainda os perdoa, ainda continua um idiota, como todos falam, até seus pais.
-Eu nunca liguei, e não é agora que irei ligar. Querer matar e vingar é fácil até os fracos comseguem com uma arma, agora o perdão, é uma coisa que nem você conseguiria.
O ser fica enfurecido.
-Decide-se pirralho!
-NÃO!
Surge uma névoa, e o ser diz:
-Eu sei de sua dúvida...
-Eu não tenho dúvidas nenhuma, meu coração é puro...
De repente Éric perde a voz.
-Eu estou cansado desse jogo, se você não vai por bem irá por mal eliminar esse ódio dentro de você, matando a todos. Vou te dar uma amostra, do que você será capaz, por exemplo, uma pessoa que magoou muito, o que você chama de coração puro, apesar de tudo que você fez por ele, lembra?
Éric arregala os olhos e tenta gritar, mas não consegue, tenta se mexer, mas sem chance, então a nevoa começa a se dissipar, e ele percebe estar em um cemitério, a nevoa diminui mais e ele vê uma lápide, com o nome do seu irmão, o canto esquerdo de sua boca puxa um sorriso, pequenino e disfarçado, o ser diz:
-Eu não vou falar mais nada, se você não quer por bem será por força, mesmo seu coração mostrando o desejo de vingança, você nega aceitar o seu destino, acabar com a humanidade de vez, trazer o horror e mortes as pessoas, pois com seus sentimentos egoístas é isso que elas merece, e você nega o seu futura, por mais que você resista, nós iremos matar a todos, seu coração começou a perder a pureza e ficar cheio de trevas. E eu a dominá-lo de vez e surgir...Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Éric acorda, é meio dia, ele nunca dormiu tanto, e acordou muito bem, ele vestiu as roupas de sempre quando chega seu pai gritando:
-Éric, Éric, meu filho, seu irmão morreu ele foi estrangulado e esquartejado.
Éric olha fixo para seu pai e diz:
-O que eu tenho com isso?
Seu pai arregala os olhos assustado, ele tenta achar, mas não vê a bondade que seu filho tinha antes.
-Mas vocês dois são irmãos!
-Me deixa seu velho, *%#$$#ªº°#$$! Ele é filho de vocês, e segundo escuto nessa casa, nem meu irmão ele é! Agora me deixa que to indo, adeus.
Ao chegar na sala ele dá de cara com o caixão de seu irmão, todo enfaixado, escondendo as deformidades, Érica atravessou a porta da casa para fora, arrancou as mangas de seu camisão social, ficando regata e espalhou o cabelo, jogando tudo para a frente, e para o lado. Os amigos de seu irmão o encaravam com cara feia quando ele gritou:
-QUE FOI NUNCA VIRÃO! A é amiguinho de vocês, né?
Ele voltou para o caixão e o encheu de chutes, e olhou para sua mãe que chorava desconsolada, e disse para ele:
-Éric meu filho!
-Agora é tarde, eu sou um monstro, bu!
Éric mudou, o monstro especular acertou, seu coração tem um lado negro e ele está aceitando isso, meio forçado, mas como o ser especular disse:"...mesmo seu coração mostrando o desejo de vingança...", ver quem a vida inteira o maltratou e quase o matou ver morto, foi uma coisa que ele gostou, inconscientemente, ele gostou e começou a virar um monstro de verdade, ele podia se defender de qualquer pessoa agora. Mesmo ainda sendo incapaz de matar, porém sua autoconfiança, agora está aumentada de forma extraordinária.
Na casa dele a mãe diz para o seu pai:
-Está acontecendo algo com Éric.
-É eu percebi, ficou mal educado, insensível, será que se drogou?...
-Pior sua personalidade está mudando, seu jeito, quando que ele usaria roupa daquele jeito.
O pai de Éric pega as manga e vê algumas gotas de sangue nelas e diz:
-Fedelho maldito, ele matou nosso filho, que deve ter descoberto que Éric se droga, e então o matou.
-Eu demorei em perceber, nosso filho.
-Ele não é meu!
-... Você não entende, ele herdou o Ipacurú, um espírito de uma lenda indígena que minha avó contava sobre a tataravó dela. Sobre indio que virava um monstro para defender sua paixão...
- Não quero saber dessas lendas, vou pegar aquele moleque e ele vai ver!!!
-Você não entendeu, ele é um monstro...
Tá querendo dizer que ele é um hibrido, isso não pode, a peste o teria matado faz tempo, quando nasceu.
Ele fica quieto uns instantes e diz, fazendo uma cara feia:
- Torça para que o exame de DNA que mandei fazer prove que ele é meu filho...
-O que, como você pegou sangue dele?
-Eu peguei uns fios de cabelo dele.
-Você é deplorável!
-Só quero a verdade, e você também o odeia.
-Odiava.
-O QUÊ?
-Sim, um anjo me falou de Éric, e disse que ele está quase se entregando as trevas, e que só o nosso amor por ele poderá salvá-lo!
-Você ficou louca mulher...
-Eu demorei a perceber a loucura que fazia, Éric é meu filho, eu o odiava por tua causa, mas você não merece.
-O QUÊ?
-Eu sei que você está me traindo!
-É você está ficando louca mesmo.
-Saia daqui vá embora de vez, eu não tenho mais ninguém.
-Quem te disse isto?
-O anjo! Você não merece...!
-Só tem louco nessa casa.
Quando o pai de Éric sai dá de cara com ele espancando um dos valentões que enchia o saco dele, ele correu até ele e gritou:
-Você está louco pirralho, pare com isso.
Éric sorrindo macabramente vira para seu pai um vento forte e gelado quase derruba o pai dele, e Éric sai gritando:
-Hoje é dia de festa.
-Você está bem garoto, como ele fez isso?
-Ele está forte, ai, ele virou um monstro.
-FESTA!!!!!!!!!!!!!!!
Vinte e uma horas, quase na hora da festa da Karina, o pai de Éric rondava o bairro a procura dele. Pensava em Éric sem parar:
“O que ele virou, será um hibrido, mas como? E a peste? Não acredito no que houve com Éric, um menino tão bondoso, e que não é meu filho. E a história do anjo, cada loucura. Me entregaram para ela, que ódio, mas vou descobrir quem.”
Suas dúvidas com seus pensamentos o atormentam cada vez mais, então seu celular toca:
-Oi, to com saudade de você sabia, quando vai vir aqui em casa fazer umas rondas?
-Desculpe, mas hoje não posso estou muito ocupado.
E desliga o telefone, seu companheiro de serviço diz:
-Vai chover você não vai ver ela hoje!
-Me deixe, minha vida está um reboliço, e estou com um mau pressentimento, vamos dar uma olhada na festa, está na hora de começar.
-Posso fazer uma pergunta antes, você sempre encrenca com Éric para ter um pretexto para ver a Camila né? Pois o Éric é o filho que todo mundo queria ter.
-Ele é um quadrado, só me faz passar vergonha, e chega desse assunto.
Mas no fundo a consciência dele diz que é verdade. Na verdade, existe um motivo para o paide Éric odiá-lo tanto, qual será? Será que um dia ele irá se abrir e contar, oque houve no passado para tanta mágoa com seu filho.
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